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日本語の音 - OS SONS DO JAPONÊS

Wadison Melo

1. Introdução

Este trabalho tem por objetivo fazer uma descrição dos fonemas da língua japonesa que os estudantes brasileiros têm maior dificuldade de produzir por não existirem no sistema fonético da língua portuguesa do Brasil. Para facilitar a compreensão de como articular esses fonemas, começaremos com uma gravura que mostra os principais elementos constituintes do aparelho fonador:
2. A Tabela Fonética da Língua Japonesa

  • Sistema Vocálico: [a i ɯ e o]
  • Sistemas Consonantal:

    Bilabial

    Alveolar

    Alveopalatal

    Retroflexa

    Palatal-duro

    Velar

    Uvular

    Glotal

    Nasal

    Sonora

    m

    n

    ɲ

    ŋ

    N

    Oclusiva

    Surda

    p

    t

    k

    ʔ

    Sonora

    b

    d

    g

    Fricativa

    Surda

    Φ

    s

    ʃ

    ç

    h

    Sonora

    z

    ʒ

    Africada

    Surda

    ts

    tʃ

    Sonora

    dz

    dʒ

    Vibrante

    Lateral

    Sonora

    ɺ

    Tepe

    Sonora

    ɾ

    ɽ

    Lateral

    Sonora

    l

3. Sons que necessitam de atenção especial

Os seguintes sons necessitam de atenção especial porque são quase todos inexistentes no sistema fonético do português do Brasil. Portanto, deve-se tomar cuidado ao produzi-los para que sejam articulados corretamente. A seguir, faremos uma breve descrição de cada um desses sons:

[ ɯ ]
Para pronunciar este som, entreabrimos a boca com a aproximação da parte posterior da língua ao palato mole e fazemos vibrar as cordas vocais. Na pronúncia do [ i ] os lábios estendem-se amplamente, mas no caso do [ ɯ ] não se deve estender muito os lábios. Deve-se tomar cuidado para não contrair os lábios em demasia em forma arredondada, porque assim o som resultará em [ u ] , como no português.
Ex.: うえ

[ Φ ]
Para pronunciá-lo deve-se aproximar o lábio superior do lábio inferior e a partir dessa fenda sopra-se o ar levemente. Deve-se tomar cuidado, pois muitas vezes é confundido com [ f ] , como em “faca”. Em japonês ocorre somente em “フ” e é romanizado com “FU” ou “HU” por estar incluso no grupo dos fonogramas HA-GYŌ.
Ex.: ふたり

[ ts ]
Este som é semelhante ao “ZZ” da palavra “pizza”. Na sua pronúncia, a ponta da língua toca, como na pronúncia do [ t ] , numa área que se estende da base dos dentes incisivos superiores à gengiva para bloquear a corrente de ar. No momento de expelir o ar com explosão, a língua muda sua posição para a pronúncia do som fricativo [ s ] . Em japonês, ocorre no fonograma “ツ” e é romanizado com “TSU” ou “TU” por estar incluso no grupo dos fonogramas TA-GYŌ.
Ex.: つくえ

[ dz ]
Ocorre com os fonogramas do grupo ZA-GYŌ, com a exceção de “ジ”, geralmente no início de alguma palavra. Na sua articulação, a ponta da língua encosta primeiro à base dos dentes incisivos superiores e à gengiva para fechar o fluxo de ar. O fechamento relaxa-se com explosão e a língua muda rapidamente para a posição da pronúncia do som [ z ] .
Ex.: ざっし

[ ç ]
Ocorre no fonograma “ヒ”. É produzido por meio da colocação da língua numa posição mais alta do que a vogal [ i ] e por meio da passagem de ar com fricção através de uma fenda entre a parte média da língua e o palato duro. Às vezes se confunde com [ ʃ ] por causa de uma relativa aproximação da língua e da qualidade acústica. É romanizado com um “H” por estar incluso no grupo HA-GYŌ.
Ex.: ひと

[ ŋ ]
Ocorre com os fonogramas do grupo GA-GYŌ quando estes estão no meio ou no final das palavras. Para pronunciá-lo, a língua ocupa a mesma posição quando se articula o som [ g ] e o véu palatino baixa para deixar a passagem de ar através do nariz. É romanizado com a letra “G”.
Ex.: かぎ、めがね

[ N ]
É um som nasal sonoro, no qual a parte posterior da língua é colocada em contato com o fundo do palato mole (na proximidade do véu palatino) e o ar escoa pelo nariz. Ocorre somente com o fonograma “ン” no meio ou no final das palavras.
Ex.: あんない

[ ɺ ]
Este talvez seja o som que os brasileiros sintam maior dificuldade de pronunciár devido à sua semelhança com [ ɾ ] (como o “r” de “cara”, em português ) e o [ l ] (como o “l” de “lata”, em português) fazendo muitas vezes com que eles se confundam. Na sua pronúncia, deve-se vibrar a língua uma vez no início da gengiva nos dentes superiores, fazendo com que o ar saia pelas laterais da língua. As consoantes do RA-GYŌ mudam dependendo da sua posição na palavra. Em início de palavra são pronunciadas com esta consoante [ɺ]. No meio ou final das palavra são pronunciadas com [ɾ], podendo também ocorrer a tepe retroflexa [ ɽ ] (em sua produção inclina-se a língua fazendo com que a ponta da língua vibre levemente na parte posterior da gengiva) realizada por alguns falantes. Se são precedidos por [N] ou [n], alguns falantes poderão pronunciá-la com um [ l ].

[ ʔ ]
Este som geralmente aparece em interjeições que indicam grande surpresa ou susto e também no final das palavras ou frases. Por exemplo: アッ[ aʔ] (ah!), オヤッ[ojaʔ] (oh!), etc. É um som oclusivo glotal surdo, que se caracteriza por uma interrupção brusca da vogal anterior a ele. Em japonês ele não é pronunciado junto com vogal, aparecendo somente no final das palavras indicando, assim, o limite da sílaba.

[ ʒ ]
Como o J de “Japão” em português. Na sua pronúncia, a extremidade da língua aproxima-se da parte de trás da gengiva criando uma fenda estreita através da qual expiramos fortemente o ar. É a pronúncia da consoante do fonograma “じ” quando este ocorrer no meio de uma palavra, podendo também ser pronunciada com um [ dʒ ] (como o “d” de dia, em português) . Se ele iniciar alguma palavra, será sempre pronunciado com [ dʒ ].
Ex.: パジャマ、ぎじゅつ

4. Conclusão

Apesar de não ser um estudo tão aprofundado sobre o sistema fonético japonês, espero que ele possa servir de base para os estudantes e professores de japonês no estudo da pronúncia da língua japonesa.


5. Fontes

  • FUNDAÇÃO JAPÃO. NIHONGO: A pronúncia da língua japonesa. Urawa, The Japan Foundation Japanese Launguage Institute, 1979.
  • FUNDAÇÃO JAPÃO. Kyoushiyou nihongo kyouiku handobukku 6 Hatsuon (Manual 6 de pronúncia do japonês para uso do professor). Urawa, The Japan Foundation Japanese Launguage Institute, 1981.
  • TADOKORO, Kiyokatsu & ITO, Nagisa. Gendai Porutogarugo Bunpou (Gramática da Língua Portuguesa Contemporânea). Tóquio, Hakusuisha, 2004.

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